Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) rondavam a estabilidade no fim da tarde desta sexta-feira (21), incapazes de sustentar o ímpeto gerado mais cedo por surpreendentes dados de atividade nos Estados Unidos.
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Por volta das 17h (de Brasília), a taxa da T-note de 2 anos caía a 4,727%, o da T-note de 10 anos subia a 4,253% e o do T-bond de 30 anos avançava a 4,393%. Os três vértices aparecem bem perto do mesmo horário na véspera.
A pressão sobre os rendimentos teve alívio pontual no final da manhã, quando a S&P Global informou um inesperado avanço no índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA na leitura preliminar de junho. Também em foco, as vendas de moradias usadas recuaram menos que o esperado em maio.
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Os indicadores contribuíram para a narrativa de que a maior economia do planeta ainda dá sinais de força, o que poderia atrasar o começo do relaxamento monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
No entanto, o subsequente repique nos retornos da renda fixa se provou de curta duração, em uma sessão sem sinalizações de dirigentes do Fed. O BMO Capital Markets entende que nenhum dos dados tende a mudar materialmente as expectativas para os próximos passos da política monetária.
No horizonte, os próximos eventos mais importantes para o mercado de títulos devem ser o payroll, em 5 de julho, e o índice de preços ao consumidor (CPI) de junho, em 11 de julho, de acordo com o banco de investimentos. A instituição prevê que ambos devem contribuir para a tendência de maior demanda pelos bônus da dívida americana.
“Também é consistente com o viés sazonal no mercado do Tesouro, que tende a ver os rendimentos caírem à medida que o clima permanece quente e os dias começam a encurtar”, diz, em referência ao verão no Hemisfério Norte.
