Os juros dos Treasuries ( títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) subiram nos vértices médios e longos da curva nesta segunda-feira (10), enquanto a extremidade mais curta rondou a linha da estabilidade. As incertezas políticas após as eleições no Parlamento Europeu impulsionaram os rendimentos de bônus na região e ecoaram para o outro lado do Atlântico, enquanto investidores se posicionam para divulgação de importante dado de inflação e decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) nesta semana.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,881%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,465% e o do T-bond de 30 anos aumentava a 4,591%.
As forças de centro seguirão no comando do Parlamento Europeu, mas a extrema-direita obteve avanços significativos no pleito de ontem. Na França, o presidente Emmanuel Macron respondeu aos resultados com a antecipação das eleições legislativas no país.
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O temor por um efeito na trajetória fiscal da Europa empurrou os rendimentos dos títulos europeus para cima, em um movimento que se transmitiu para os Treasuries, de acordo com o BMO Capital Markets.
“É pouco provável que a política europeia tenha um impacto prolongado nas taxas dos EUA, embora os desdobramentos do fim de semana tenham sido relevante aos negócios, dada a ausência de qualquer outra coisa antes dos fundamentos do meio da semana”, afirma o BMO.
O mercado também operou no rescaldo do payroll da última sexta-feira, que mostrou criação de empregos nos EUA bem mais forte que o esperado em maio. O indicador pavimenta o caminho para os dois principais eventos da semana: o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e a decisão do Fed, ambos na quarta-feira.
Na visão da Oxford Economics, o Fed não deve trazer novidades suficientes para alterar a expectativa da consultoria por corte de juros em setembro. “A força do mercado de trabalho está a proporcionando ao Federal Reserve cobertura para esperar por melhores notícias sobre a inflação antes de sinalizar um corte nas taxas”, destaca.
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