Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) subiam no fim da tarde desta quinta-feira (29), após a divulgação de dados econômicos que evidenciaram solidez da economia americana, o que trouxe novos argumentos para redução da aposta em corte profundo das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). A sessão foi marcada ainda por um leilão de títulos do Tesouro americano com sinais de demanda fraca.
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O retorno da T-note de 2 anos subia de 3,869% no fim da tarde de ontem em Nova York para 3,895% em horário similar, o da T-note de 10 anos avançava de 3,838% para 3,865% e o do T-bond de 30 anos passava de 4,128% para 4,149%.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA foi revisado em alta no segundo trimestre, superando a expectativa de analistas. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu mais do que o esperado no mesmo período.
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Para o Santander, os dados mostraram que a economia não caminha para uma recessão. O Swiss Capital avaliou que o levantamento reduziu a chance de corte de 50 pontos-base da taxa de juros. O Wells Fargo notou que a maior parte da revisão para cima pode ser atribuída a um ritmo mais robusto de gastos do consumidor, pontuando que a manutenção das taxas de juros altas por período prolongado ainda não foi um grande impeditivo para os gastos das famílias.
O dado de vendas pendentes de imóveis nos EUA, que mostrou queda e contrariou a expectativa de alta, trouxe novo indicativo do peso das taxas de juros sobre o setor imobiliário americano. Do lado do mercado de trabalho, o número de pedidos de auxílio-desemprego ficou ligeiramente abaixo da expectativa.
