Treasuries sobem impulsionados pelas expectativas sobre juros do Fed

A consolidação da expectativa refletiu o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto, que ficou acima do esperado, debilitando a hipótese de um alívio mais incisivo. A sessão foi marcada ainda por repercussões sobre o debate presidencial realizado ontem.

O retorno da T-note de 2 anos subia de 3,600% no fim da tarde de ontem em Nova York para 3,646% em horário similar hoje. A taxa projetada das T-note de 10 anos passava de 3,641% para 3,654% e a do T-bond de 30 anos tinha leve ajuste em alta, de 3,959% ontem para 3,963%.

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O núcleo do CPI de agosto subiu acima do esperado, com os custos de abrigo, que incluem despesas como aluguel e taxas de hipotecas, contribuindo como vetor de pressão. Na esteira do dado, o Citi mudou a previsão para o primeiro corte de juros, passando a prever 25 pontos-base na semana que vem, ante a previsão anterior de que o passo seria de 50 pontos-base.

Para analistas da Bank of America Securities, o Fed ainda não pode “declarar vitória” em relação à inflação. Os atuais níveis de inflação de moradia não são consistentes com o mandato do Fed de núcleo da inflação medida pelo PCE de 2%.

“Enquanto a aterrissagem suave seguir em voga, achamos que o Fed não pode tirar os olhos da bola sobre inflação”, observaram.

No front político, a redução dos custos para as famílias e construção de casa foram alguns pontos abordados pela vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, candidata democrata para a Casa Branca, e o ex-presidente Donald Trump, que disputa o posto pelo Partido Republicano, no debate realizado ontem na Filadélfia. Pesquisa da SSRS e da CNN mostrou que 63% dos eleitores consideraram Harris a vencedora do embate, contra 37% que favoreceram Trump.

Na sessão, os EUA conseguiram receber demanda sólida em mais um leilão de dívida. O Departamento do Tesouro leiloou US$ 39 bilhões em T-notes de 10 anos, com yield de 3,648%. A taxa bid-to-cover, indicativo da demanda, ficou em 2,64 vezes, acima da média recente de 2,53 vezes, segundo o BMO Capital.

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