Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) subiram nesta terça-feira (30), após o avanço no custo de emprego nos Estados Unidos renovar a aposta em uma política monetária restritiva por mais tempo, na véspera da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
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Por volta das 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos aumentava a 5,030%, depois de atingir maior nível desde novembro do ano passado na máxima do dia. A taxa da T-note de 10 anos avançava a 4,680% e a da T-bond de 30 anos ascendia a 4,783%.
No mês de abril, o yield da T-note de 2 anos subiu 407 pontos-base, o da T-note de 10 anos avançou 480 pontos-base, e o do T-bond de 30 anos se elevou 440 pontos-base.
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O índice de custo de emprego nos EUA acelerou em ritmo mais que o esperado no primeiro trimestre, o que pode ser um foco de pressões inflacionárias. O indicador pôs em xeque a aposta em relaxamento monetário do Fed a partir de setembro, enquanto a possibilidade de não haver corte algum em 2024 alcançou 25%, conforme mostrou a plataforma de monitoramento do CME Group.
O consequente impulso sobre os rendimentos da renda fixa chegou a se atenuar depois que o Conference Board informou forte queda na confiança do consumidor. No entanto, o ímpeto foi retomado logo em seguido, em um quadro de incertezas em relação à decisão de amanhã do Fed.
Para o BMO Capital Markets, o mercado está preparado para um posicionamento agressivo da autoridade monetária. “Tanto que prevemos que qualquer coisa próxima de uma visão equilibrada será interpretada como insuficientemente hawkish e, assim, desencadeará uma correção dentro do intervalo em direção a rendimentos mais baixos”, avalia.