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Treasuries sobem após resultado do PIB dos EUA surpreender

Já as taxas dos papéis longos cediam, revertendo também o rumo registrado na sessão anterior

Treasuries sobem após resultado do PIB dos EUA surpreender
Juros e economia (Foto: Adobe Stock)

Os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) de curto prazo subiam no fim da tarde desta quinta-feira (25) em Nova York, em uma dinâmica distinta da observada na véspera, após dado acima das expectativas da economia nos Estados Unidos. O resultado acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) surpreendeu e acalentou dúvidas entre operadores sobre o tamanho do corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) neste ano. As taxas dos papéis longos cediam, revertendo também o rumo registrado na sessão anterior.

Por volta das 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,436%, de 4,424% ontem. O rendimento da T-note de 10 anos recuava a 4,252%, de 4,285%. O rendimento do T-bond de 30 anos tinha baixa para 4,496%, ante 4,480% ontem.

Na primeira leitura, o PIB americano cresceu ao ritmo anualizado de 2,8% no segundo trimestre deste ano, acima das projeções mais otimistas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que apontavam para um avanço de 1% a 2,5% no período, com mediana de 2,1%.

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A conjuntura deve reduzir preocupações em torno da desaceleração da atividade econômica, que vinha se manifestando em alguns dados, avaliou o Bradesco em relatório. “Em todo caso, acreditamos que o quadro atual da economia dos EUA segue compatível com nossa expectativa de que o Fed realize dois cortes consecutivos de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros em novembro e dezembro deste ano”, ponderaram os economistas do banco.

O pregão foi marcado ainda por mais um leilão com boa demanda de títulos do Tesouro dos EUA. O Departamento do Tesouro leiloou US$ 44 bilhões em T-notes de 7 anos, com yield de 4,162%. A taxa bid-to-cover, indicativo da demanda, ficou em 2,64 vezes, um pouco acima da média recente, de 2,54 vezes. Os retornos das T-notes de 2 e 10 anos estenderam as perdas com o resultado, mas as taxas do papel de 2 anos voltaram a subir com o desenrolar do pregão.