O Banco Central da Turquia cortou seu juro básico pela quarta vez consecutiva nesta quinta-feira (24), em 150 pontos-base para taxa de 9%, segundo informou a entidade.
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O alívio às condições monetárias ocorre apesar de uma disparada da inflação no país de 85,5% em outubro, em termos anuais, maior alta de 1998. Os cortes de juros ocorrem em meio à pressão do presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan, sobre o BC local. Erdogan argumenta que juros mais baixos eventualmente levarão à queda da inflação, contrariando o consenso da maioria dos economistas.
No comunicado divulgado nesta manhã, o BC turco credita a alta inflação no país a “efeitos tardios e indiretos de aumentos de custos de energia causados por desenvolvimentos geopolíticos, os efeitos de formações de preços distantes dos fundamentos econômicos e os fortes choques negativos de oferta causados por aumentos nos preços globais de energia, alimentos e commodities agrícolas”.
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O Comitê da entidade espera que o “processo desinflacionário” comece com a “restauração do ambiente de paz global”. Com as incertezas e riscos geopolíticos atuais, é importante que a política monetária atue de forma a dar suporte à economia, considera o BC turco.