O Bank of América (BofA) rebaixou a recomendação das ações da Usiminas (USIM5) de compra para neutro, com atualização do preço-alvo de R$ 12 para R$ 9, o que significa um potencial de valorização dos papéis de 21% ante o fechamento da última quinta-feira (23), conforme mostra o relatório dos analistas Caio Ribeiro, Leonardo Neratika e Guilherme Rosito.
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Segundo o BofA, a decisão de rebaixar a recomendação para as ações da siderúrgica mineira ocorreu em função dos atrasos na redução do custo caixa por tonelada de aço produzido no alto-forno.
O mercado como um todo tinha expectativas que após as reformas do alto-forno 3 – o principal da empresa – houvesse uma queda significativa dos custos para produção de aço. Para os analistas do BofA, essa demora na redução dos custos deve adiar a possibilidade da Usiminas alcançar uma margem de 15% para a operação siderúrgica.
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De acordo com o banco, o atraso na redução do custo caixa por tonelada produzida levou os analistas a reduzir a projeção estimada em 2024 do Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) para R$ 2,5 bilhões, ante R$ 3,2 bilhões.
Com as novas estimativas, o BofA enxerga a Usiminas negociada a cinco vezes o valor da empresa sobre o Ebitda previsto para 2024, com um rendimento do fluxo de caixa livre em 5%. “O que não consideramos atraente”, acrescentou o banco em relatório.
O banco espera que a siderúrgica mineira comece a realizar investimentos mais robustos em seu negócio de mineração a partir do próximo ano, fator que deve pressionar mais a geração de caixa da empresa.