Enquanto o número de operações realizadas via Pix bateu recorde e ultrapassou os R$ 24 bilhões em 2022, o uso de cheque é cada vez menos frequente entre os brasileiros.
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Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no ano passado foram compensados 202,8 milhões de documentos, uma queda de 7,3% em relação a 2021 e de 93,91% em comparação com 1995, data que marca o início da série histórica do Serviço de Compensação de Cheques (Compe).
Ao longo das últimas décadas, a redução do uso de cheque pode ser explicada pelo desenvolvimento dos meios de pagamento digitais, como o internet banking, além da criação do Pix em 2020. O sistema de pagamento instantâneo foi bem aceito pelos brasileiros e chegou a movimentar mais de R$ 10 trilhões só em 2022.
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“Atualmente, sete em cada dez transações bancárias no país são feitas pelos canais digitais (internet e mobile banking), reflexo da comodidade, velocidade e segurança oferecidas por estes meios de pagamentos. Soma-se a isso também o Pix, que ao longo de dois anos de funcionamento, se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros”, indica Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.
O volume financeiro das negociações com os documentos diminuiu levemente entre os últimos anos, passando de R$ 667 bilhões em 2021 para R$ 666,8 bilhões em 2022. Já o valor médio de cada cheque avançou no período, indo de R$ 3.046,52 para R$ 3.257,88.
De acordo com Faria, os resultados demonstram que a população prefere utilizar essa forma de pagamento ao realizar operações de maior valor. “Os números mostram que a população está usando o cheque para transações de maior valor, enquanto o Pix é utilizado como meio de pagamento para transações de menor valor, como compras com profissionais autônomos e também para acertar pequenos débitos familiares ou entre amigos”, afirma.