

Os resultados do primeiro trimestre deste ano da Vale (VALE3) foram considerados “tranquilos” pelo BTG Pactual (BPAC11) e dentro das expectativas de mercado. O banco, no entanto, não vê um céu de brigadeiro para a companhia na segunda metade de 2025, justamente pelas incertezas na economia mundial com a escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e China.
“Antecipamos revisões negativas adicionais para a empresa para o segundo semestre, à medida que os investidores se ajustam ao mercado em um ambiente de preços de minério de ferro mais fraco à frente”, disseram os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi. A estimativa do BTG para o preço da commodity este ano é de US$95 a tonelada e US$85/t para 2026.
Em relação ao balanço do primeiro trimestre, o banco acrescenta que o ponto positivo as melhorias de custos em minério de ferro e metais básicos, com a gestão “muito confiante” em alcançar o guidance de US$ 20,5 a 22 por tonelada, que para o BTG deve ser na extremidade inferior. No período, a Vale apresentou custo de US$ 21 por tonelada, excluindo as despesas com as compras de minério de ferro de terceiros. “Dito isso, esperamos que o desempenho de custo da Vale continue melhorando ao longo do ano.”
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Já as operações de cobre e níquel, o BTG acredita que foram melhores que o esperado pelo mercado no primeiro trimestre de 2025. Segundo o banco, o Ebitda da área de cobre de R$546 milhões, foi acima das expectativas. “A melhoria foi principalmente impulsionada por custos e despesas administrativas e com pesquisa e desenvolvimento menores, levando a um ponto de equilíbrio do Ebitda.”
O BTG tem recomendação neutra para a ADR (American Depositary Receipts , recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale, com preço-alvo de US$ 11, o que representa um potencial de valorização de 16,5% em relação ao fechamento da última quinta-feira (24).