Veja os principais destaques do Vale Day 2025. (Foto: Fabio Motta/Estadão)
O Citi atualizou o seu modelo para a Vale (VALE3) após o “Vale Day 2025“. A estimativa do Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) para 2026 foi reduzida em 5%, para US$ 15,1 bilhões, com base no preço do minério de ferro a US$ 90 por tonelada. O número esperado para este ano, contudo, ficou inalterado.
O preço-alvo permanece em US$ 14 por ação, mas o múltiplo-alvo foi elevado de 5,0 vezes para 5,5 vezes o Ebitda de 2026. A recomendação de compra para o papel foi mantida.
Segundo o banco, as conversas com investidores sugerem que as ações da Vale são atualmente vistas como um ativo de renda fixa relacionado ao minério de ferro, com o mercado esperando fortes retornos para os acionistas, impulsionados pelos preços da commodity.
Os analistas Alexander Hacking, Gabriel Barra e Stefan Weskott calculam o rendimento do fluxo de caixa livre (FCF) em 5% para o minério a US$ 90 por tonelada e em 10% para a commodity a US$ 100 por tonelada.
“Observamos que o Symandou Copper Owner (SCCO) teve um bom desempenho negociando como um ativo de renda fixa relacionado ao cobre nos últimos anos. A história de crescimento da Vale no setor de cobre é interessante, mas ainda está em desenvolvimento”, explicam.
O Citi aponta que a Vale destaca seu crescimento de aproximadamente 25% na produção de cobre até 2030 e de 90% até 2035, que seria impulsionado principalmente por expansões quase convencionais com uso eficiente de capital no Brasil.
Na avaliação dos analistas sobre a Vale (VALE3), essa é uma história potencialmente interessante, mas ainda está em desenvolvimento, com mais detalhes a serem divulgados e a entrega dos projetos prevista para daqui a alguns anos.