

O Itaú BBA reiterou a recomendação de “outperform” (equivalente a compra) para a Vale (VALE3) após encontros com executivos da mineradora na última semana e atualizou o preço-alvo dos American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) de US$ 12 para US$ 13, o que representa um potencial de valorização de 33% ante o fechamento de sexta-feira (14).
O Itaú BBA conversou com o diretor de Relações com Investidores da Vale, Thiago Lofiego, e com o CFO, Marcelo Bacci, que informaram que estão reavaliando os futuros projetos da Vale para otimizar e reduzir os gastos de capital.
“Acreditamos que isso, juntamente com a desalavancagem, poderia resultar em maiores dividendos da Vale e recompras no futuro. Além disso, a gestão enfatizou que está focada em melhorar a visibilidade da empresa, principalmente com investidores”, diz o relatório assinado pelos analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Barbara Soares.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
De acordo com o relatório, durante o evento, a gestão da Vale informou que o mercado deverá ficar mais equilibrado com a demanda estável e crescimento controlado da oferta. Os executivos destacaram a importância de manter uma estratégia de produção flexível para responder às flutuações no equilíbrio de oferta e demanda da indústria.
“Simandou (projeto em Guiné) é a principal preocupação do lado da oferta, mas a aceleração pode ser mais lenta do que os participantes do mercado esperam”, diz o relatório. Para o banco, a produção pode atingir entre 5 milhões a 10 milhões de toneladas até 2026 e 30-40 milhões de toneladas até 2027.
Quanto à possível compra da Bamin, localizada na Bahia, a gestão disse que o projeto exigirá investimentos mais amplos em infraestrutura (porto e ferrovia) e, por isso, uma revisão completa das alternativas está em andamento.
“Embora a aquisição da Bamin possa fazer sentido do ponto de vista estratégico, considerando o material de alta qualidade produzido no local, a gestão enfatizou que todas as alternativas de investimento devem superar os limiares estratégicos e financeiros, com projetos que não atendem a esses critérios não sendo perseguidos”, diz o relatório sobre a Vale (VALE3).
Publicidade