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Verde está com a menor exposição em Bolsa brasileira desde 2016, afirma gestor

Segundo Luiz Parreiras, o rali visto nas últimas semanas foi um movimento técnico e não deve se sustentar

Verde está com a menor exposição em Bolsa brasileira desde 2016, afirma gestor
Painel da Bolsa de Valores. (Imagem: Adobe Stock)

O gestor da Verde Asset Management, Luiz Parreiras, avalia que o rali visto pela Bolsa brasileira nas últimas semanas foi um movimento técnico, com fluxo de capital estrangeiro, assim como em novembro de 2023. O movimento, no entanto, não deve se sustentar, e a gestora aproveitou o momento para realizar lucros.

Parreiras diz que, atualmente, a Verde está com a menor exposição em Bolsa brasileira desde 2016.

“Acabamos de passar por esse rali em que o ‘gringo’ comprou bastante, mas parece o que aconteceu em novembro do ano passado, com um movimento técnico, onde o Brasil acabou ‘sobrando’ por exclusão. Mas a hora em que o dinheiro para de entrar não tem por que a Bolsa subir. A Bolsa não está tão barata”, disse Parreiras, durante painel no evento Expert XP, na tarde desta sexta-feira (30). “Hoje, na Verde, estamos com a menor exposição em Bolsa desde 2016. Aproveitamos o rali dos últimos dois meses para reduzir bastante.”

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No portfólio atual da gestora, Parreiras destaca as ações de Equatorial (EQTL3), Energisa (ENGI11), Sabesp (SBSP3), Copel (CPLE6) e Rumo (RAIL3). Ele diz que a posição em Itaú (ITUB4) foi bastante reduzida, sem a perspectiva de “muito upside”. Menciona também um pouco de commodities, com PetroRio (PRIO3) e Petrobras (PETR4), e uma fatia um pouco maior em Suzano (SUZB3), pois “a empresa está incrivelmente barata”.

Ciclo de alta de juros

Parreiras também avalia que a taxa básica de juros brasileira vai entrar em um novo ciclo de alta, subindo até pelo menos 12%, com vários aumentos de 0,25 ponto porcentual. “Mas isso não parece estar no modelo da maioria dos analistas”, diz.

Bruno Garcia, sócio-fundador e gestor da Truxt Investimentos, diz que o governo brasileiro está “fazendo um esforço grande” para bater as metas fiscais neste ano, mas destaca estar com medo de que 2025 seja um “ano de descontrole”.

“Não vai ser pela parte da despesa nem da receita que vão ‘fechar’. E ter que subir os juros mais ainda para resolver um problema fiscal me parece ruim, causa desânimo para o investidor e para o estrangeiro”, afirma o gestor.