O desempenho da Weg (WEGE3), após três temporadas de ganhos tem sido “surpreendentemente negativo”, segundo o BTG Pactual (BPAC11). No ano, o papel carrega um negativo de quase 20%. Embora a empresa siga operando com margens robustas, a combinação entre resultados abaixo do esperado e um cenário macroeconômico desafiador tem pressionado a performance do papel na B3.
Em conversas mais recentes com investidores, o banco identificou três pontos sensíveis que explicam a perda de fôlego da ação: a frustração com os resultados do quarto trimestre de 2024 e do primeiro trimestre de 2025, além das incertezas sobre o crescimento nos EUA, em meio a questões tarifárias, e a valorização do real, que favorece empresas mais expostas ao mercado doméstico.
A leitura predominante é que o histórico da Weg de superar expectativas criou um novo patamar de exigência por parte do mercado. Operando com margens recordes no cenário pós-pandemia, a companhia vê as suas ações sendo penalizadas mesmo diante de pequenos deslizes em rentabilidade.
“Acreditamos que a frustração com os resultados envolveu principalmente a falta de margem, enquanto a desvalorização múltipla foi definitivamente impulsionada pela percepção de crescimento mais lento”, avaliam os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, em relatório.
Portanto, olhando para frente, eles acreditam que a reavaliação da Weg só ocorrerá se o mercado ganhar confiança no crescimento (especialmente nos EUA), já que a melhoria gradual nas margens é algo que o mercado já leva em consideração.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para Weg e preço-alvo de R$ 56, visando um potencial de valorização de 32,5%, em relação ao fechamento de ontem (12).