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WEG (WEGE3) planeja entrar no mercado dos EUA. Como ficam operações no Brasil?

Em teleconferência, executivos analisam o quadro atual da empresa e projetos para o futuro; veja

WEG (WEGE3) planeja entrar no mercado dos EUA. Como ficam operações no Brasil?
Fachada da Weg (WEGE3). Imagem: Adobe Stock

O diretor Administrativo Financeiro da WEG (WEGE3), André Luís Rodrigues, disse na quinta-feira (1º) que a companhia não tem expectativa de mudanças relevantes em termos de margem no curto prazo, mas que busca estender seus projetos para os Estados Unidos em detrimento do Brasil.

Durante teleconferência sobre os resultados da companhia no segundo trimestre – confira aqui o balanço -, o executivo afirmou que a empresa “segue com uma dinâmica operacional saudável, na qual um bom mix de produtos e a constante busca por eficiência operacional e ganhos de produtividade devem continuar suportando boas margens operacionais e o retorno sobre o capital investido no restante do ano”.

Rodrigues afirmou que a companhia continua com uma demanda positiva nos equipamentos de ciclo curto, especialmente, nos ligados a projetos de eletrificação e infraestrutura elétrica como os negócios de transmissão e distribuição. Já nos negócios de ciclo curto, observa-se uma retomada gradual da atividade gradual. “Mas continuamos atentos às possíveis oscilações nas principais regiões onde atuamos”, completou.

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O executivo disse que a empresa deve continuar com desempenho melhor do que a média histórica recentemente, mas disse que oscilações na margem são comuns na indústria em que a companhia atua. “O importante é acompanhar o mercado, porque riscos podem mudar essa dinâmica”, pontuou.

Entrada da WEG no mercado americano

O diretor de Finanças e Relação com Investidores (RI) da Weg, André Salgueiro, afirmou que a entrada da companhia no mercado de energia eólica nos Estados Unidos faz parte do processo de internacionalização e não é algo de curto prazo.

“A ideia é começar com escala bem pequena, sem investimento significativo”, afirmou durante a teleconferência. Ele disse ainda que a companhia começará com “poucas máquinas, mais para conhecer mercado”.

Afirmou também que a empresa quer começar vendendo aos EUA a máquina nova, de sete megawatts, que está sendo produzida no Brasil, mas que a expectativa é ter os primeiros pedidos apenas em 2026.

Em relação à fábrica para atuar no mesmo segmento na Índia, Salgueiro disse que o trabalho de certificação das máquinas foi concluído e que a companhia está na fase final das obras civis e que próximo passo será a instalação dos equipamentos. A empresa ainda não tem produtos contratados, mas o time comercial tem atuado nessa frente, disse. Em caso de contratação, a expectativa é o início da produção em 2025 e entregas apenas no ano seguinte.

Fim dos projetos no Brasil?

André Salgueiro afirmou ainda que o fim dos projetos eólicos em carteira no Brasil não significa que esta frente terá receita zero nos próximos trimestres.

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O executivo explicou que o último projeto em carteira está sendo entregue e que já para o segundo semestre deste ano a companhia tende, portanto, a ter uma receita no negócio de eólicas menor, que vai diminuindo gradualmente até o fim do ano.

“A partir do ano que vem, a gente não tem nenhum projeto para ser entregue. Não quer dizer que a receita será zero, porque a gente tem alguns contratos de operação e manutenção que geram receita recorrente, então isso continua acontecendo”, disse durante teleconferência sobre os resultados da empresa no segundo trimestre.

Salgueiro comentou ainda que a empresa já passou por momentos parecidos em 2016 e 2017 e, na ocasião, conseguiu ocupar as fábricas com projetos de outros negócios. “A nossa fábrica não é dedicada para aerogeradores, ela é de máquinas grandes, então, a gente tem essa flexibilidade para fazer os ajustes”, reforçou.

Ele lembrou ainda que outros negócios na frente de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) devem manter o bom desempenho. “Estamos trabalhando para que esse impacto do eólico seja o menor possível”, disse.

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Mesmo a frente de geração distribuída, na qual o volume de vendas vem crescendo, mas as margens seguem prejudicadas pela queda dos preços dos painéis solares em 2023, a expectativa é de normalização desse efeito ao longo do ano, afirmou o executivo da WEG (WEGE3).

*Com informações do Broadcast