As medidas do governo dos Estados Unidos, com tarifa de 25% sobre os produtos importados do México e do Canadá, marcam uma significativa escalada no protecionismo comercial, avalia o Itaú BBA, que destaca a Weg (WEGE3) como uma empresa bem posicionada diante desse cenário.
Em uma base consolidada, a Weg tem exposição de 25% da receita líquida ao mercado norte-americano, principalmente em transformadores e motores de ciclo curto, conforme indicam os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Pedro Tineo.
Cerca de um terço desses produtos são fabricados nos Estados Unidos, outro terço no México e o restante em outras regiões. Assim, como resultado, aproximadamente 8% da receita líquida da empresa estará diretamente exposta ao ambiente de tarifas mais altas.
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Contudo, a Weg tem várias alavancas para compensar as pressões relacionadas às tarifas do ponto de vista operacional. A empresa pode, segundo os analistas, aproveitar sua integração vertical e flexibilidade de fabricação para realocar a produção para instalações alternativas, o que deve mitigar os aumentos de custos diretos.
Eles salientam que as instalações adquiridas da Regal Rexnord (inclusive nos Estado Unidos) chegaram com 50% de capacidade ociosa. Além disso, os ajustes de preços podem servir como um “amortecedor parcial”.
O banco acrescenta ainda, que pode haver reação inicial do mercado impulsionada pela incerteza macroeconômica em torno das mudanças na política comercial. Ponderam, entretanto, que isso não deve gerar impacto material sobre as finanças da empresa.
O banco tem recomendação outperform (acima do mercado, equivalente à compra) para a ação da Weg, com preço-alvo de R$ 67, o que representa um potencial valorização de 21,72% frente ao último fechamento do papel, na sexta-feira (31), de R$ 55,04.
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