A XP Asset está otimista com o mercado brasileiro de infraestrutura, com a perspectiva de que este deve necessitar de cerca de R$ 3,7 trilhões em investimentos nos próximos 10 anos. Com a expectativa de que projeto de lei que cria debêntures (título de dívida que gera um direito de crédito) de infraestrutura, emitidas por concessionárias de serviços públicos, seja aprovado neste ano, a participação do mercado de capitais no segmento tem potencial para ser mais relevante.
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“A lei 12.431/11, que rege a emissão de debêntures incentivadas, trouxe avanços significativos à infraestrutura. O cenário teve evento de crédito, a questão das taxas de juros e, aqui no Brasil, estamos no meio do ciclo de queda de juros mas com volatilidade alta, e mesmo assim as empresas conseguiram grandes emissões. Mas dado o tamanho da necessidade de financiamento, essa lei precisou de avanços. Em maio de 2020 começou a tramitação do PL, e o Senado devolveu o texto para a Câmara no mês passado. A gente acredita que neste ano o PL vai virar lei e vai mudar substancialmente o modo de investir no segmento”, afirmou Fausto Filho, gestor da XP Asset, durante painel no 44º Congresso Brasileiro de Previdência Privada, na manhã desta quarta-feira.
Segundo o gestor, a nova lei vai conceder benefício fiscal ao emissor da dívida, o que deve elevar o prêmio pago aos compradores das debêntures. Com isso, esse mercado vai se tornar mais atrativo para que fundos de pensão também avancem nas alocações, na avaliação de Fausto Filho.
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“Tem muito investimento a ser feito, mas sozinhos o governo e as pessoas físicas não conseguem, tem que ter participação de fundos, de todo o mercado de capitais”, destaca Tulio Machado, líder da área de infraestrutura na XP Asset. “Quem faz ‘mexer o ponteiro’ são as fundações, os fundos de pensão. E nesse novo ciclo de ambiente regulatório estável e estabilidade macroeconômico, podemos ter a infraestrutura financiada por vários agentes”, acrescenta.