O Banco do Brasil (BBAS3) reportou resultados consistentes por mais um trimestre em praticamente todas as linhas, incluindo a qualidade de crédito, com a inadimplência acima de 90 dias confortável e praticamente estável, em 2,73%, avalia a XP. Com um lucro líquido recorrente de R$ 8,78 bilhões no segundo trimestre de 2023, o Banco do Brasil apresentou o maior ROE (retorno sobre patrimônio) entre os incumbentes, atingindo 21,3%, aponta a casa.
Leia também
Em relatório, os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre destacam que a margem financeira atingiu R$ 22,9 bilhões, com sólido crescimento de 34,0% ante um ano (superando a estimativa da XP em 8%).
Eles observam que pela primeira vez, o banco apresentou a divisão entre NII (Net Investiment Income, rendimento obtido com investimentos nos EUA) com clientes e com o mercado, o que apreciaram por permitir compará-lo com outros bancos incumbentes. A margem com clientes foi o ponto alto (+22,1 ante um ano) e, foi impulsionada por maior saldo médio e maiores spreads. A margem com o mercado também cresceu (+5,4%), impulsionada pelo aumento da taxa Selic média.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
“Com os fortes resultados no primeiro semestre, o banco reviu para cima grande parte do seu guidance (metas, em inglês), principalmente para a expansão da sua carteira de crédito. Acreditamos que o banco está no caminho certo para entregar um resultado final próximo ao topo do intervalo (R$ 33 bilhões a R$ 37 bilhões), o que daria um P/E (preço sobre lucro, no jargão em inglês) implícito de aproximadamente 4,1 vezes para 2023. Ainda muito descontado, depois de subir 41% no acumulado do ano”, afirma.