O Itaú (ITUB4) reportou outro conjunto de resultados trimestrais fortes, avalia a XP, com lucro líquido recorrente recorde de R$ 8,7 bilhões, 2% acima do previsto. Para a casa, os números seguiram uma dinâmica semelhante aos últimos resultados, despontando em relação aos pares já divulgados, Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), com destaque para a qualidade do crédito.
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Em relatório, os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre destacam que a Margem Financeira Bruta continuou se destacando, atingindo R$ 26,0 bilhões no segundo trimestre (alta de 14,8% ante um ano e 2% acima da estimativa da XP). A margem financeira com clientes continuou a ser o principal destaque (+13,4%), suportada por maior volume médio de crédito, maior margem de passivos, maior número de dias corridos e do maior resultado com operações estruturadas no Atacado. A margem financeira com o mercado cresceu 64,6%, impulsionada pela gestão de ativos e investimentos no exterior.
Os profissionais ressaltam que o crescimento da carteira de crédito do Itaú desacelerou para 6,2% ante um ano, no total, e 6,7% no Brasil. Eles observam, no entanto, que essa taxa de crescimento está dentro da faixa do guidance de 2023. O desempenho foi impactado negativamente por taxas de câmbio desfavoráveis.
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A inadimplência aumentou marginalmente para 3,0% (+10bps ante o primeiro trimestre) e 3,5% no Brasil (+20bps). Isso levou o banco a ampliar as provisões para R$ 9,6 bilhões (+6,7%), implicando em um índice de cobertura de 212% (estável quando comparado ao primeiro trimestre), o que os analistas veem como saudável.
As receitas de tarifas totalizaram R$ 10,4 bilhões, 4% abaixo das estimativas da XP. “Este fraco desempenho deveu-se, em grande parte, à redução dos Serviços de Conta Corrente, Gestão de Recursos e Serviços de Assessoria e Corretagem. Por outro lado, o Resultado de Seguros e Cartões de Crédito e Débito foram os destaques. Com isso, o Itaú revisou para baixo o guidance para 2023 de crescimento das tarifas e dos resultados das operações de seguros”, afirmam.
A XP reiterou o Itaú como top pick (melhor escolha, na tradução livre) e a recomendação de compra para as ações do banco, com preço-alvo de R$ 34, o que representa um potencial de valorização de 22,9% ante o fechamento do papel no pregão de ontem.