O balanço do primeiro trimestre da XP, divulgado na última terça-feira (21) no final da tarde, não trouxe números “inspiradores”, de acordo com analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, do BTG Pactual (BPAC11).
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Em relatório, os analistas destacam que os custos, a maior despesa financeira e o juro elevado levaram o lucro líquido a ficar 3% abaixo da expectativa do mercado em geral, embora a XP tenha surpreendido positivamente com seu resultado de operações com mercado de capitais de dívida.
Os profissionais comentaram ainda que o ambiente macroeconômico continua sendo desafiador para as captações líquidas, as quais devem seguir pressionadas em um cenário de manutenção do juro brasileiro em patamares ainda elevados, de dois dígitos.
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Somado ao fato de que a XP mostra “ausência de novas iniciativas claras” para gerar “alpha”, assim como de novos negócios, as ações da companhia perdem “impulso”. Entretanto, o BTG acrescenta que mantém sua recomendação de compra para as ações, considerando o baixo preço, mas que “prefere nesse momento outras opções no setor financeiro brasileiro”.
A XP anunciou lucro líquido de R$ 1 bilhão no primeiro trimestre, resultado recorde para o período, representando alta de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Frente ao quarto trimestre, houve queda de 1%.
A receita bruta total foi de R$ 4,3 bilhões no primeiro trimestre, uma queda de 1% contra o trimestre anterior e crescimento de 28% contra o mesmo período do ano anterior, impulsionado principalmente pelo crescimento da receita de Varejo e Grandes Empresas & Mercado de Capitais ano contra ano.
A receita em renda fixa cresceu 112% em base anual e 2% em base trimestral, para R$ 704 milhões. A receita em renda variável avançou 6% em doze meses e caiu 4% em relação ao quarto trimestre, para R$ 1,128 bilhão.
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Nos três primeiros meses deste ano, a captação líquida de recursos caiu 10% em relação ao mesmo intervalo de 2023 e cedeu 22% na comparação com o quarto trimestre, para R$ 15 bilhões.