

Em meio a uma discussão na área de investimentos sobre o modelo de remuneração dos serviços, a XP Investimentos se coloca como agnóstica sobre uma preferência entre o comissionamento ou as taxas fixas. “A preocupação tem que ser com o nível de serviço e a proposta de valor que vamos oferecer na ponta”, afirma Bruno Ballista, sócio e líder da área de assessoria e relacionamento com clientes da XP. Ele acredita que os dois formatos devem coexistir no mercado.
A XP é pioneira no formato de assessoria de investimentos e tem em sua rede cerca de 80% dos profissionais ativos. Desde 2020, possibilita que os serviços sejam remunerados por uma taxa fixa, o chamado fee based. De acordo com Ballista, o papel do profissional é dar condições para o cliente escolher o que melhor se aplica a ele.
Para Guilherme Assis, CEO e cofundador da fintech Gorila, o modelo fixo deve acelerar no médio prazo – mas concorda que a tendência é que os formatos coexistam.
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A indústria de investimentos também vê um crescimento das consultorias de investimentos. Segundo Ballista, há estimativas de que mais de mil empresas com este tipo de serviço foram criadas desde 2018.
Assis enxerga que a evolução da tecnologia tem permitido a massificação de serviços hiper personalizados. “Não é novo, os multi-family offices oferecem isso. Mas agora pode ser acessado por mais clientes.” Os executivos participam do evento Wealth Trends.
A Inteligência Artificial (IA) trará soluções para a gestão de investimentos. “Nos próximos dois anos, o profissional de investimentos terá a tecnologia alavancando o seu trabalho”, diz Assis.
Não há temor de que a tecnologia substitua as pessoas nesta área. “O processo de investimento é sobre a riqueza do cliente, ao processo emocional diante dos diferentes ciclos econômicos. O papel do profissional é ajudar a passar por tudo isso, mais do que a alocação em si. As ferramentas tecnológicas vão ajudar”, aponta Ballista, da XP Investimentos.
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