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- "Na nossa avaliação, trata-se de um impulso de curto prazo ao consumo, mais do que uma melhora de longo prazo", diz o economista.
O desempenho do varejo em fevereiro surpreendeu positivamente e sugere uma atividade econômica mais forte no mês, afirma o economista da XP Investimentos Rodolfo Margato. Após os resultados do setor divulgados hoje, o tracker de Produto Interno Bruto (PIB) da corretora passou a indicar um crescimento de 0,5% da atividade no primeiro trimestre, de 0,3% antes.
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O IBGE apurou expansão de 1,1% das vendas do varejo restrito e de 2,0% das vendas do varejo ampliado, ambos acima das medianas da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,2% e 1,1%, respectivamente. Para Margato, os resultados refletem uma melhora do quadro sanitário do País, após o pico das infecções pela variante Ômicron em janeiro, combinado com impulsos do Auxílio Brasil e com o aumento do emprego no mês.
“Na nossa avaliação, trata-se de um impulso de curto prazo ao consumo, mais do que uma melhora de longo prazo”, diz o economista. “Tem alguns fatores que ainda dão sustentação ao consumo, mesmo considerando algumas travas como a inflação elevada, salários reais deprimidos e o aperto de condições monetárias, que deve impactar mais a demanda no segundo semestre.”
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Diante da volatilidade de segmentos do varejo como combustíveis e lubrificantes, Margato alerta que deve haver um cuidado para não extrapolar o resultado do setor em fevereiro para o restante do ano. As estimativas preliminares da XP sugerem um novo crescimento das vendas do varejo ampliado em março, de 0,6%.