Após a sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense) de reduções nos juros no próximo ano, com reação imediata e muito positiva nos mercados, os ajustes prosseguem nesta quinta-feira (14), com o Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) de 10 anos abaixo de 4%, após já terem tocado ontem mínimas desde agosto.
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O tom positivo no exterior se espalha para as bolsas mundo afora estendendo as altas. O Dow Jones, por exemplo, pode renovar máximas históricas.
Para além das bolsas, como era de se esperar em meio a um ambiente com mais apetite por risco, o dólar amplia as perdas frente outras moedas, enquanto os contratos futuros do petróleo voltam a subir e os preços futuros do minério de ferro registraram leve ganho durante a madrugada.
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É válido notar, porém, que a probabilidade de o primeiro corte de juros nos Estados Unidos vir já em março de 2024 subiu de 46,7% antes da decisão para 72,7% no fim de tarde de ontem – uma aposta, aparentemente, muito otimista que pode resultar em ajustes futuros nas expectativas dos investidores.
O mercado nacional também se ajustam à decisão de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom), que cortou pela quarta vez consecutiva a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, de 12,25% para 11,75% ao ano, principalmente o segmento de juros futuros. Também devem repercutir os dados de varejo em meio ao quadro externo positivo.
Na cena fiscal, a oito dias do início do recesso parlamentar, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 foi aprovada ontem na Comissão Mista de Orçamento (CMO), permitindo que os investimentos das estatais no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de R$ 5 bilhões, fiquem fora da meta fiscal, bem como o seguro rural. O texto vai agora para o plenário do Congresso, podendo ser votado hoje.
Agenda econômica
Brasil: Os dados de vendas no varejo restrito e ampliado (9h), medido pela Pesquisa Mensal de Comércio, são os destaques da sessão. Estima-se crescimento de 0,3% para as vendas do varejo restrito em outubro, alçado pelo segmento de hiper e supermercados, após avanço de 0,6% em setembro. Entre os eventos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faz discurso ao público (9h30).
EUA: Estão programados apenas dados de vendas no varejo (10h30).
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Europa: Os destaques da agenda são as decisões de juros do Banco da Inglaterra (BoE) (9h) e do Banco Central Europeu (BCE) (10h15), seguida de coletiva com a sua presidente, Christine Lagarde (10h45). A expectativa é de que BCE e o BoE mantenham os juros inalterados em, 4% e 5,25% ao ano, respectivamente – o nível mais alto da taxa básica na região desde o lançamento do euro, em 1999.
China: Também serão conhecidos os dados de vendas no varejo (23h).
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