O movimento não é uniforme no exterior nesta manhã de terça-feira, uma vez que os índices futuros de Nova York se ajustam em baixa após a pausa de feriado da véspera, enquanto os demais mercados internacionais operam em leve alta, provavelmente reagindo à notícia de que o Banco do Povo da China (PBoC) reduziu as taxas de juros para empréstimos de 5 anos – em um corte recorde e maior do que o esperado, com o claro objetivo de impulsionar o mercado imobiliário por lá.
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O ímpeto, no entanto, é limitado por expectativas relacionadas à divulgação das atas das últimas reuniões monetárias do Federal Reserve e do Banco Central Europeu. Além disso, fora do mundo das bolsas, o dólar opera em baixa ante as principais moedas, os contratos futuros do petróleo recuam, revertendo pequenos ganhos de ontem, enquanto os preços futuros do minério de ferro caíram ao menor nível em três meses, refletindo temores de que a demanda por aço não apresente forte recuperação após o feriado do Ano Novo Lunar – os preços futuros em Singapura, por exemplo, afundaram mais de 5%,
atingindo o preço intradiário mais baixo desde o início de novembro.
Em paralelo, a mineradora BHP alertou que há “múltiplas incertezas” em torno das perspectivas para o mercado de minério, inclusive sobre as medidas dos reguladores chineses para a indústria siderúrgica este ano.
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Apesar dessa indefinição, os primeiros negócios do dia sugerem um dia positivo para os ativos locais – pelo menos é o que aponta a alta do EWZ, o principal ETF do Brasil no exterior. Neste cenário, entre os assuntos que serão importantes para o rumo dos preços estará a medida provisória que prevê a reoneração da folha de pagamentos – e, na avaliação do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ambiente está “muito mais favorável” para o Executivo “sentar e discutir” com o Congresso sobre o assunto ao longo do próximo mês, reforçando a expectativa de que, em breve, as negociações sejam finalizadas.
Agenda econômica 20/02:
Brasil: Destaque para a 2a prévia do IGP-M de fevereiro, conhecida logo cedo (8h). Entre os eventos, o Tesouro realiza leilão de venda de títulos públicos federias pela manhã (11h). A publicação do boletim Focus, que já havia sido adiada de ontem para hoje, agora deve acontecer apenas na quinta-feira.
China: O Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país) reduziu a taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 5 anos de 4,2% para 3,95% ao ano, enquanto a taxa de referência de 1 ano foi mantida em 3,45% pelo sexto mês consecutivo. Importa dizer que a autoridade monetária não alterava os juros desde agosto, quando a LPR de 1 ano foi reduzida de 3,55% para 3,45%.
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