O começo da sessão desta quarta-feira (5) é de bolsas europeias em alta, assim como os índices futuros em Nova York, refletindo o aumento das apostas de que um corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) esteja cada vez mais perto (setembro?).
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Em geral, esse maior otimismo parece estar fortemente relacionado aos sinais de esfriamento do mercado de trabalho americano recentemente – e, neste sentido, o dado do payroll (principal relatório de emprego dos EUA) na próxima sexta-feira será decisivo para a manutenção desse ambiente mais benigno para os mercados internacionais.
Em outros mercados, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) têm leve alta, depois de registrarem a maior queda em dois dias neste ano. O dólar oscila próximo da estabilidade, os contratos futuros do petróleo mostram tímida recuperação, mesmo após cinco baixas consecutivas, embora se mantenham perto do menor nível em quatro meses após um relatório apontar aumento nos estoques nos Estados Unidos, enquanto os preços futuros do minério de ferro estenderam a queda pelo quinto dia seguido em Singapura, no nível mais baixo em cerca de oito semanas, pressionados por preocupações com a demanda na China, diante do aumento dos estoques no país – é válido notar que as cotações do cobre, níquel e alumínio também recuam em Londres.
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Se por um lado o ambiente externo pode amenizar a pressão doméstica, por outro lado o fraco desempenho das principais commodities para o Ibovespa não é motivo de entusiasmo para os investidores – sugerindo ganhos muito limitados para a sessão. Na última terça-feira, o principal indicador da B3 caiu pela quinta sessão seguida.
Agenda econômica
Brasil: São esperados os dados de produção industrial em abril (9h) que, após subir 0,9% em março, deve voltar ao terreno negativo. Depois disso, serão conhecidos ainda o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de Serviços em maio (10h) e o fluxo cambial semanal (14h30).
Entre os eventos da sessão, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, reúne-se com investidores em Londres.
Na Itália, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontra no Vaticano com o papa Francisco (7h30) e depois participa da abertura e acompanha três painéis da conferência “Enfrentar a crise da dívida do Sul Global”, promovida pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais, ligada à Santa Sé.
EUA: Estão programados o relatório de empregos no setor privado ADP (considerado a prévia do payroll) em maio (9h15) e os PMIs de serviços da S&P Global (10h45) e Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) (11h).
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Europa: O PMI de serviços da zona do euro caiu marginalmente entre abril e maio, de 53,3 para 53,2, segundo pesquisa final divulgada pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank, abaixo da estimativa preliminar e da previsão de manutenção em 53,3.
Já o PMI composto do bloco, que engloba serviços e indústria, avançou de 51,7 para 52,2 no mesmo período, atingindo o maior nível em 12 meses – também neste caso, no entanto, o resultado ficou um pouco aquém da prévia e do consenso de 52,3.
China: O PMI de serviços avançou de 52,5 em abril para 54,0 em maio, segundo pesquisa da S&P Global com a Caixin, acima da expectativa de leve queda para 52,4. O PMI composto, que engloba serviços e indústria, subiu de 52,8 para 54,1 no mesmo período.
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