O último mês de 2024 começa em meio à tensões políticas, depois que o partido de extrema direita da França ameaçou derrubar o governo em meio a um impasse sobre o orçamento do país –mas com o atenuante da fala do membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), Martins Kazaks, de que a autoridade monetária deveria continuar a cortar juros. Diante disso, o que se vê são índices futuros de Nova York em leve baixa, assim como é o tom entre as principais praças europeias nesta manhã de segunda-feira.
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Em outros mercados, o dólar avança contra maioria das moedas, os rendimento dos títulos de renda fixa americanos (Treasuries) sobem, os contratos futuros do petróleo avançam, à espera da reunião da Opep+, enquanto os preços futuros do minério de ferro estenderam os ganhos recentes, diante da melhora da atividade manufatureira apontada na China, avançando 1,26% em Dalian, cotados ao equivalente à US$ 111,28 por tonelada.
A valorização das principais commodities se contrapõe ao desempenho mais fraco dos principais mercados acionários mundo afora, reduzindo a influência do exterior para os negócios locais hoje –mantendo o foco dos investidores ainda na agenda fiscal por aqui. Além disso, o dia deve ser de ajustes no Ibovespa, após a B3 publicar a sua primeira prévia do que será o Ibovespa no começo de 2025: segundo a bolsa, as ações ordinárias da Auren (AURE3), Caixa Seguridade (CXSE3), Santos Brasil (STBP3) e os papéis preferenciais da Marcopolo (POMO4) serão incluídos no índice, ao passo que as ações da Alpargatas (ALPA4), Dexco (DXCO3) e EzTec (EZTC3) foram excluídas. Como uma antecipação para o desempenho do dia, o EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York, subia quase 1% no pré-mercado.
Agenda econômica
Brasil
Hoje o diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, palestra no Fórum Político, em São Paulo (10h) e depois, de palestra na 5ª Edição do Prêmio RGB, em Brasília (20h). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúnecom Ministros e presidente de bancos públicos nesta manhã. Entre os indicadores, serão divulgados o boletim Focus (8h25) e o IPC-S de novembro (8h). Nos próximos dias, a agenda doméstica traz o Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre amanhã, a produção industrial de outubro na quarta-feira, a balança comercial de novembro, na quinta-feira, e o IGP-DI de novembro, na sexta-feira. Também nesta terça-feira, a Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado deve votar o marco regulatório da geração eólicaoffshore no Brasil. A Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial (CTIA) do Senado pode votar amanhã uma nova versão do Marco da Inteligência Artificial (IA) e as comissões permanentes do Senado se reúnem nesta semana para definir as emendasque serão apresentadas ao projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025. O prazo para a entrega das proposições à Comissão Mista de Orçamento (CMO) termina às 18h de quarta-feira.
EUA
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, participará de discussão moderada na quarta-feira. Na sexta-feira, será conhecida a leitura de novembro do payroll, o relatório oficial de empregos do país. Nesta segunda-feira (2), são esperados os PMI industrial pela S&P (11h45) e ISM (12h), além de discursos do diretor do Fed, Christopher Waller (17h15) e presidente do Fed de Nova York, John Williams (18h30). Amanhã será divulgado o relatório Jolts de abertura de vagas e, na quarta-feira, é a vez do Livro Bege do Fed. A quinta-feira tem pedidos de auxílio-desemprego e, na sexta-feira, além de payroll, o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan será publicado.
Europa
Na quarta-feira é dia de PMI composto da zona do euro, Alemanha e Reino Unido, além de um discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. A quinta-feira tem vendas no varejo da zona do euro e encomendas à indústria da Alemanha.
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