A sessão que antecede a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense) é de indefinição. Ao menos é o que sugerem os índices futuros em NY no começo desta terça-feira (30). Por lá, os investidores aguardam a próxima reunião de política monetária que começa nesta terça-feira e terá seu desfecho na quarta-feira (31).
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Nesse sentido, a expectativa é pela manutenção dos Fed Funds no atual nível de 5,25% – 5,50%, mas mais importante do que isso, os agentes esperam alguma sinalização da autoridade monetária que confirme o início de cortes ainda no primeiro semestre – a apostas apontam para um início no encontro de maio.
Enquanto aguardam o Fed, o incentivo à tomada de risco pode vir novamente da safra de balanços, com a leitura dos números das Big Techs Microsoft e Alphabet.
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Cruzando o continente, na Europa, as bolsas operam majoritariamente positivas em resposta ao Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro do 4T23 que foi conhecido mais cedo. A economia do bloco permaneceu estável no período, porém surpreendeu, pois as previsões indicavam uma queda de 0,1% e consequentemente uma recessão técnica, caso o recuo da atividade avançasse ante o já observado no terceiro trimestre.
Além disso, a Alemanha – maior economia da região europeia – também evitou uma recessão técnica, embora o quarto trimestre de 2023 tenha registrado uma queda de 0,3%. Por lá, a fuga ocorreu por conta da revisão do PIB do terceiro trimestre, que variou de -0,1% para a estabilidade – este no número revisado.
Por aqui, o mercado deve acompanhar o desempenho observado em Wall Street, embora a agenda econômica local comece a ganhar relevância, com a leitura do Índice Geral de Preços (IGP-M) de janeiro.
Além disso, mais cedo a cotação de minério de ferro encerrou a sessão em queda de 1,76%, o que pode pressionar mais uma vez o índice da bolsa brasileira. Em contraponto, os juros futuros podem encontrar alívio, endossados pela queda dos retornos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense).
Agenda econômica
Brasil: Logo pela manhã foi conhecido o IGP-M de janeiro, que arrefeceu a 0,07%, ante alta de 0,74% em dezembro. A agenda do dia também conta com dados de confiança de serviços e comércio, medidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), bem como pela Pesquisa Focus, que foi adiada da agenda da véspera.
Por fim, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulga os números de criação de empregos em dezembro e acumulado de 2023, às 14h, e está prevista também a divulgação do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2024 pelo Tesouro, às 14h30. Pela manhã o Tesouro realiza leilão de rolagem de NTN-B e LFT.
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EUA: A agenda norte-americana conta com a divulgação das projeções econômicas do Fundo Monetário Internacional (FMI), às 10h, e do relatório de abertura de vagas (Jolts) de dezembro, ao meio dia. Por fim, o índice de confiança do consumidor do Conference Board também é esperado às 12h.
Na safra de balanços, General Motors divulga seus números antes dos negócios, enquanto Microsoft e Alphabet publicam os resultados após o fechamento dos mercados.
Europa: Após os dados de PIB, às 12h30 o dirigente do Banco Central Europeu, Joachim Nagel, participa de evento do Forum New Economy, em Berlim.
China: À noite, são esperados o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, industrial e de serviços.
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