Abertura de mercado: Cautela antes da pausa

O mês de abril vai chegando ao fim de uma forma muito similar como começou: com as principais bolsas europeias avançando e os índices futuros de Nova York recuando –ainda assim o Nasdaq está muito perto de apagar todas as suas perdas desde o anúncio das tarifas de Donald Trump, após alguns recuos do presidente e o crescimento das expectativas de cortes de juros do Fed.

Em outros mercados, o dólar opera de lado frente às demais moedas, os rendimento dos Treasuries seguem em queda, mesmo após seis dias negativos, os contratos futuros do petróleo também recuam, rumo à maior queda mensal desde 2021, em reflexo aos impactos das tarifas na economia global, enquanto os preços futuros do minério de ferro caíram 0,78% na madrugada em Dalian, aos U$ 96,77 por tonelada.

Esse ambiente mais indefinido, somado ao recuo das principais commodities, sugere alguma acomodação para os ativos locais nesta quarta-feira –especialmente se considerarmos a longa sequência de ganhos que já registramos por aqui.

Agenda econômica

Brasil

Destaque para os resultados do setor público consolidado (8h30), a PNAD contínua (9h), o Caged e o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (14h30). Entre os eventos do dia, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, faz uma palestra (9h15).

EUA

Será conhecida a primeira leitura do PIB no 1T25 (9h30), logo após a publicação do relatório ADP (9h15) sobre a criação de novos postos de trabalho no setor privado. Ainda hoje, estão previstos o PMI do ISM de abril (10h45), além do índice de preços PCE (11h).

China

O índice de gerentes de compras (PMI) industrial medido pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) caiu de 50,5, em março, para 49 na leitura de abril, enquanto economistas esperavam recuo menor, para 49,7. Já o PMI de serviços foi de 50,8, em março, para 50,4 em abril, ainda segundo o NBS. A expectativa era de queda para 50,5. Já o índice de gerentes de compras (PMI) industrial segundo a S&P Global em parceria com a Caixin caiu de 51,2, em março, para 50,4 em abril. Analistas esperavam baixa maior, para 49,9.