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Abertura de Mercado: Infla e desinfla: dinâmica de preços move os mercados hoje

Os principais fatos e acontecimentos que vão impactar o Ibovespa

A manhã desta terça-feira começa com sinais predominantemente positivos nos mercados internacionais – isso a poucas horas da divulgação do CPI americano, um dos indicadores mais aguardados da semana e que será muito importante para balizar as expectativas sobre os cortes de juros nos Estados Unidos, especialmente depois do resultado misto do payroll na última sexta-feira.

O tema “Inflação” também se faz presente em outras localidades e, na Alemanha, o CPI desacelerou e atingiu o menor nível desde junho de 2021, aumentando as apostas de que no Velho Continente o ciclo de afrouxamento monetário também está cada vez mais próximo. Com isso em mente, o que se vê são bolsas na Europa com ganhos modestos, cenário que parece que será seguido pelos mercados americanos, como sugerem os índices futuros de Nova York. Fora do mundo das bolsas, o dólar cai um pouco frente às demais moedas globais, os contratos futuros do petróleo operam em alta modesta e os preços futuros do minério de ferro tiveram uma recuperação marginal na madrugada em Singapura, depois da maior queda desde meados de 2022 ontem, enquanto os investidores ainda avaliam as perspectivas para a demanda chinesa por aço em meio à falta de novos estímulos por lá.

Por aqui, se por um lado o cenário externo contribui para as negociações, por outro lado os rumores relativos à Petrobrás e ao ambiente fiscal devem limitar o apetite dos investidores. Ontem, por exemplo, os Ministros da Fazenda e de Minas e Energia (MME), Fernando Haddad e Alexandre Silveira, afirmaram que a petroleira poderá revisar sua decisão de reter os dividendos extraordinários em uma conta de reserva de remuneração de capital, conforme ficou decidido pelo Conselho na semana passada. Silveira ressaltou, porém, que essa distribuição é “dinâmica” e que será avaliada “no momento oportuno”.

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Agenda econômica 12/03:
Brasil: Destaque para o IPCA de fevereiro (9h00), que deve acelerar para 0,78%, de 0,42% em janeiro, e a média dos núcleos deve subir para 0,52%, de 0,42%, segundo projeções de mercado – o que não altera a perspectiva de (pelo menos) mais dois cortes de 0,50 pp na Selic, por enquanto. Ainda hoje, saí o Boletim Focus (8h30) e haverá um leilão de títulos públicos pós-fixados pelo Tesouro (11h00).

EUA: O índice de preços ao consumidor (CPI) será conhecido logo cedo (9h30), devendo mostrar leve
aceleração de 0,4% em fevereiro, após alta de 0,3% em janeiro. Já o núcleo do indicador deve desacelerar para um ganho mensal de 0,3% no mês passado, de 0,4% em janeiro, segundo projeções de mercado.

Europa: Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI) desacelerou para 2,5% em fevereiro, ante 2,9% em janeiro, confirmando estimativa preliminar e em linha com as projeções. Já no Reino Unido a taxa de desemprego subiu a 3,9% no trimestre até janeiro, mas os salários perderam força. Ainda hoje, entre os eventos previstos, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, discursa em simpósio do Banco da Itália (12h15).

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