Abertura de Mercado: Excepcionalmente hoje?

A semana vai chegando ao fim sem uma tendência clara entre os principais mercados, embora os índices futuros de Nova York exibam sinais ligeiramente negativos agora cedo, mesmo diante das perspectivas de que o Fed possa cortar taxas de juros mais cedo do que o esperado.

Os demais mercados parecem reagir positivamente à notícia de que a China considera suspender sua tarifa de 125% sobre algumas importações dos Estados Unidos, ainda que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, tenha reafirmado que Pequim não está em negociações sobre tarifas neste momento.

Em outros mercados, o dólar se fortalece contra as principais moedas, os rendimentos dos Treasuries têm leve baixa, os contratos futuros do petróleo operam de lado, enquanto os preços futuros do minério de ferro caíram 1,87% na madrugada em Dalian, cotados equivalente à US$ 97,27 por tonelada.

Ao que tudo indica, o ambiente internacional (excluindo o desempenho dos mercados americanos) deve influenciar positivamente os ativos locais, em uma sequência ao movimento que tem sido chamado de o fim do excepcionalismo americano – de fato, o EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York subia quase 1% no pré-mercado. Entre os fatores domésticos, novos dados de inflação devem ajudar os investidores a calibrar as expectativas relacionadas ao fim do ciclo de alta da Selic.

Agenda econômica

Brasil

Destaque para a divulgação do IPCA-15 de abril (9h), que deve mostrar desaceleração, para uma alta de 0,42%, de 0,64% em março. Para a inflação em 12 meses, a mediana, no entanto, indica aceleração de 5,26% para 5,49%, mas os núcleos também devem arrefecer. Entre os eventos, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, está em Washington para as reuniões de Primavera promovidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial. A Aneel define bandeira tarifária de energia elétrica para maio.

EUA

Será conhecidos o índice de sentimento do consumidor americano apurado pela Universidade de Michigan, que também divulga as expectativas de inflação em 12 meses e cinco anos (11h)