A manhã desta quinta-feira (7) é positiva para os mercados internacionais, com algumas bolsas europeias ensaiando altas e os índices futuros de ações em Nova York levemente no positivo. Esse movimento, no entanto, ocorre a despeito das expectativas pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), e de novos pronunciamentos de Jerome Powell, que sinalizou o plano de corte de juros em 2024.
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Ele reforçou que o Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense) ainda busca evidências de que o índice de preços está migrando à meta “de maneira sustentável”, chancelando a expectativa majoritária no mercado de início de corte de juros em junho, além de uma bateria de novos dados sobre a economia americana.
Fora das bolsas, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) oscilam perto da estabilidade, o dólar sobe marginalmente ante outras moedas, os contratos futuros do petróleo operam em leve baixa e os preços futuros do minério de ferro registraram ganhos de 1,83% em Dalian, na China.
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Esse ambiente mais favorável para a tomada de risco no exterior sugere também maior apetite por aqui, mas os investidores devem ainda se manter atentos aos dados de inflação e fiscais para calibrar as projeções sobre o quanto mais a taxa de juros Selic pode cair além dos níveis atuais.
Neste sentido, um estudo feito pela consultoria de Orçamento da Câmara indica que o governo teria que bloquear R$ 41 bilhões em despesas públicas na primeira revisão do ano, em 22 de março, caso mantenha firme o objetivo de chegar à meta de déficit zero.
Agenda econômica
Brasil: Entre os indicadores, destaque para o IGP-DI de fevereiro logo pela manhã, que apresentou queda de 0,41% em fevereiro, ante queda de 0,27% em janeiro, e os dados do setor público consolidado de janeiro (9h30). Para o setor público consolidado, a mediana é de superávit primário de R$ 98,30 bilhões em janeiro, após déficit de R$ 129,573 bilhões em dezembro. Para 2024, a mediana indica déficit primário de R$ 77,30 bilhões, após saldo negativo de R$ 249,124 bilhões em 2023.
Entre os eventos, o Tesouro faz leilões de venda de títulos públicos prefixados (11h), o diretor de PolíticaEconômica do Banco Central, Diogo Guillen, fala em evento (11h30).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebe o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (11h) e participa de evento sobre royalties do Estado do Espírito Santo (16h). Finalmente, no Senado, os líderes partidários têm reunião para definir a pauta da próxima semana (9h).
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EUA: O presidente do Fed, Jerome Powell, participa de audiência no Senado (12h) e a dirigente de Cleveland, Loretta Mester, de evento (13h30). Serão publicados também dados sobre pedidos semanais de auxílio-desemprego, balança comercial em janeiro e custo unitário de mão de obra no quarto trimestre (todos às 10h30), além de crédito ao consumidor (17h). À noite, o presidente, Joe Biden, faz o discurso anual do Estado da União (23h).
Europa: O BCE anuncia sua decisão de política monetária (10h15) e a presidente, Christine Lagarde, concede entrevista coletiva (10h45)
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