O tema global continua sendo o “tarifaço” praticado pelo novo presidente americano, Donald Trump, e suas possíveis consequências. Neste momento, os investidores parecem avaliar as tarifas retaliatórias da China contra os Estados Unidos e seus impactos na dinâmica comercial entre as duas maiores economias do globo -Xi Jinping impôs uma taxa de 15% sobre menos de US$ 5 bilhões em importações de artigos relacionados à energia e uma alíquota moderada de 10% sobre o petróleo e equipamentos agrícolas, além de dizer que investigará supostas violações antitruste do Google, da Alphabet. Apesar de uma resposta aparentemente calibrada para evitar grandes repercussões, e que ao mesmo tempo mostra a capacidade da China de infligir danos em várias frentes da economia americana, a reação nos mercados acionários é ligeiramente negativa nesta terça-feira.
Em outros mercados, o dólar cai frente às principais divisas, após seis altas seguidas, os rendimentos dos títulos de renda fixa americanos (Treasuries) têm leve alta, os contratos futuros do petróleo recuam, apagando os ganhos acumulados no ano, enquanto os preços futuros do minério de ferro registraram alta discreta em Singapura, com os investidores ainda aguardando a reabertura do mercado chinês amanhã, após feriado do Ano Novo Lunar.
Considerando a menor exposição ao comércio global e a possibilidade de incidência de tarifas adicionais, nosso mercado deve reagir pouco aos desdobramentos externos –atraindo a atenção para fatores intrinsicamente domésticos, como a questão fiscal. Neste sentido, a ata do Copom deve atrair especial interesse nos novos pontos do balanço de riscos do colegiado e sua influência no processo de ancoragem das expectativas de inflação.
Agenda econômica
Brasil
Destaque para a ata da reunião do Copom da semana passada (8h). Além disso, o Tesouro divulga o relatório mensal da dívida (RMD) e o Plano Anual de Financiamento da Dívida Pública (PAF) de 2025 (15h30). Entre os eventos, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (9h30), com Sesi (10h30) e com CNI (15h).
EUA
São esperados o relatório Jolts de abertura de vagas e as encomendas à indústria, ambos de dezembro (12h). Os dirigentes do Fed que farão pronunciamentos hoje são Raphael Bostic, de Atlanta (13h), Mary Daly, de São Francisco (16h) e o diretor, Philip Jefferson (21h30).
China
Serão conhecidos os PMIs composto e de serviços (22h45).
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