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Abertura de Mercado: sem referencial externo, apetite tende a ser menor por aqui

Os principais fatos e acontecimentos que vão impactar o Ibovespa

As mesmas dúvidas sobre o ciclo de corte de juros neste ano nos Estados Unidos, que derrubaram os mercados nessa terça-feira (2), mantêm os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) em nova alta e os índices futuros de Nova York em baixa nesta manhã desta quarta-feira (3) – o Nasdaq futuro, por exemplo, é pressionado pela queda de mais de 5% das ações da Intel no pré-mercado, que estendem perdas de 4% registradas no after hours, após informar que sua unidade de fabricação de chips ampliou o prejuízo operacional de US$ 5,2 bilhões em 2022 para US$ 7 bilhões no ano passado.

Sem maiores gatilhos para as apostas desta quarta-feira, os investidores aguardam novos indicadores e sinais de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), principalmente de Jerome Powell. Alternativamente, porém, na Europa, predominam os ganhos nas bolsas, após a desaceleração da inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro e seu núcleo.

Para além dos mercados acionários, o dólar oscila perto da estabilidade frente outras moedas relevantes, os contratos futuros do petróleo sustentam ganhos leves, nos maiores níveis de preço em cinco meses, em meio a persistentes tensões no Oriente Médio e o conflito entre Rússia e Ucrânia que já ameaçam a oferta da commodity, enquanto os preços futuros do minério de ferro recuaram 2,54% na China.

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A falta de uma forte referência vinda do exterior deve reduzir o apetite pelo risco por aqui. Ainda assim, os investidores devem monitorar a palestra de Roberto Campos Neto, durante evento organizado pelo Bradesco BBI, em meio a expectativas de possível antecipação no processo de transição no Banco Central (BC).

Na frente fiscal, a Ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse, nessa terça-feira (2), que a meta deste ano é avaliada “mês a mês” e destacou maio como o período em que o Governo terá uma “visão real” do que acontecerá com o alvo de 2024 – traçado para zerar o déficit do resultado primário.

Agenda econômica desta quarta-feira

Brasil: Destaque para a produção industrial (9h) e o Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto de março (10h). Para o dado de atividade, a mediana do mercado indica avanço de 0,3% da produção industrial em fevereiro, após queda de 1,6% em janeiro, e na comparação com janeiro de 2023 um crescimento de 5,7%, ante 3,6% em janeiro.

Entre os eventos previstos para o dia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, profere palestra (10h) e tem reunião, por videoconferência, com representantes da Fitch Ratings e da Secretaria do Tesouro Nacional (13h30).

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o Governador do Amazonas, Wilson Lima, sobre a dívida do Estado (15h30). Os secretários executivos Dario Durigan (Fazenda) e Gustavo Guimarães (Planejamento) participam de evento (15h). Entre outros compromissos, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina contratos de concessão derivados de leilão de transmissão de energia realizado em 2023 (15h).

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EUA: São esperados o relatório ADP sobre criação de empregos no setor privado em março (9h15) e os dados de PMIs de serviços da S&P Global (10h45) e ISM (11h). O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, discursa (13h10).

Além dele, outros dirigentes participam de eventos: a diretora Michelle Bowman (10h45); Austan Goolsbee, de Chicago (13h); Michael Barr, vice-presidente de supervisão (14h10); e a diretora Adriana Kugler (17h30).

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, viaja para a China, onde deve permanecer até 9 de abril, para uma série de reuniões diplomáticas para estreitar as relações comerciais entre os dois países.

Europa: A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro desacelerou para 2,4% em março, ante 2,6% em fevereiro, segundo dados preliminares divulgados pela Eurostat, ficando abaixo da expectativa de manutenção da taxa em 2,6%.

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Já o núcleo do indicador, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve acréscimo de 2,9% em março ante igual mês do ano passado, perdendo força em relação ao ganho anual de 3,1% de fevereiro, embora neste caso o consenso fosse de aumento um pouco maior, de 3%. Enquanto isso, a taxa de desemprego da região ficou em 6,5% em fevereiro, repetindo o nível de janeiro.

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