Após um início de sessão positivo – ainda reverberando os sinais implícitos ontem na fala de Jerome Powell, presidente do Fed, de que o início de corte de juros será em setembro –, a sessão foi de queda expressiva para as principais bolsas. O comportamento de cautela pegou carona no cenário geopolítico após notícias de possível escalada das tensões no Oriente Médio, deixando de lado as decisões de política monetária tanto dos EUA ontem, quanto do primeiro corte de 0,25pp na taxa básica de juros do Reino Unido hoje. O ambiente de aversão ao risco culminou em recuo das principais bolsas e fortalecimento do dólar frente a outras divisas.
Leia também
Por aqui não foi diferente. O comportamento misto das commodities, com alta do minério de ferro na madrugada, mas queda dos contratos futuros de petróleo, somado ao cenário negativo nos mercados do exterior, pressionou o Ibovespa, porém em uma magnitude bem mais contida do que o observado lá fora. A indefinição também esteve presente na direção dos juros futuros, com queda nos vencimentos curtos, retirando prêmios após o Copom ontem minimizar o risco de uma retomada no aperto monetário, mas avanço nos vencimentos longos, uma vez que a incerteza fiscal permanece no radar. Importa dizer, que hoje o dólar encerrou com forte apreciação frente ao real (+1,41%), superando a marca dos R$ 5,73, um limiar que gera incômodo e riscos altistas para a inflação. Assim, ao final da sessão o principal índice brasileiro tinha leve queda de 0,20% aos 127.395 pontos e giro financeiro de R$ 23,8 bilhões.
Amanhã a agenda econômica internacional volta a ser destaque com os dados do mercado de trabalho norte-americano.
Publicidade
Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Confira todos os vídeos e podcasts diários produzidos pela Ágora Investimentos.