A quarta-feira reservou como destaque na agenda internacional a ata referente à última reunião do FOMC, nos Estados Unidos. O documento, considerado hawkish (mais duro em relação à política monetária), levou a um movimento de ajuste em alta dos yields dos Treasuries e queda dos índices de ações por lá.
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No texto, os diretores avaliam que o processo desinflacionário tem ritmo lento e os dados disponíveis apontaram para uma maior persistência da inflação nos próximos meses. Com o movimento da curva de juros, o mercado passou a precificar como mais provável apenas um corte nos fed funds este ano, embora as apostas ainda estejam divididas. Na Europa, as bolsas encerraram antes da ata do FOMC, mas também seguiram viés negativo após o índice de preços ao consumidor do Reino Unido vir acima do previsto.
No Brasil, o dia foi de bastante volatilidade no mercado de juros, com viés de alta ao longo da curva, penalizado pelo movimento internacional, mas também pelas persistentes preocupações com o cenário fiscal doméstico. O movimento de aversão ao risco foi o gatilho para uma nova sessão de queda da bolsa, sobretudo das ações dos setores cíclicos. No fim, o Ibovespa exibia queda de 1,38%, aos 125.650 pontos e volume financeiro de R$ 25,8 bilhões, enquanto o dólar avançou 0,77%, aos R$ 5,16.
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