Nos Estados Unidos, uma série de catalisadores nesta sexta-feira levou os índices acionários de Nova York a novos recordes intradiários, porém perderam fôlego e inverteram para o negativo durante à tarde. Por lá, o índice de preços de gastos com consumo (PCE) veio em linha com as projeções na leitura mensal de maio ao recuar 0,01%, após avanço na leitura anterior. Na leitura anualizada o indicador de inflação desacelerou de 2,68% para 2,56%, ainda acima da meta. Além da inflação, o avanço das bolsas mais cedo, pegou carona na queda do sentimento do consumidor e nas expectativas inflacionárias da pesquisa final da Universidade de Michigan e o avanço do PMI da ISM de Chicago que impulsionaram a probabilidade de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro. Neste contexto, o índice S&P 500, encerrou o primeiro semestre do ano com ganhos de dois dígitos (14,7%). Enquanto isso, na Europa, a maioria dos índices acionários recuaram, não o bastante para apagar o comportamento positivo em 2024. A exceção ficou por conta do CAC em Paris, que encerrou o semestre em terreno negativo (0,9%). Vale mencionar que neste domingo (30), será realizado o primeiro turno das eleições parlamentares na França.
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Por aqui, uma percepção de piora fiscal e novos ruídos sobre o Banco Central voltaram a elevar a temperatura do mercado. No câmbio o dólar teve forte alta (1,5%), em dia de definição da Ptax, e
encerrou cotado próximo dos R$ 5,60 e avanço de 15,14% em 2024. Na curva de juros a termo, houve avanço em praticamente todos os vencimentos, impulsionados pelo fortalecimento do dólar, mas também em reflexo à leitura dos dados do mercado de trabalho que indicaram uma taxa de desemprego de 7,1% no trimestre encerrado em maio, abaixo dos 7,5% observados no trimestre móvel até abril. Neste sentido, a massa salarial atingiu patamar recorde no trimestre, que também coloca dúvidas quanto à trajetória futura da inflação local. Neste ambiente, o Ibovespa teve queda de 0,32% aos 123.907 pontos e giro financeiro de R$ 21,7 bilhões. Contudo, o recuo poderia ser ainda mais intenso se não fosse as altas de Petrobras e Vale. Assim, o principal índice acionário brasileiro encerrou junho com avanço de 1,48% e reduziu a perda dessa primeira metade de ano para 7,66%.
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