Nesta terça-feira (30), um novo sinal negativo para a dinâmica da inflação dos Estados Unidos, a partir do avanço acima do esperado do índice de custo de emprego do primeiro trimestre – 1,2% vs. previsão de 0,9% – reforçou a tese de que o Fed não terá pressa para cortar os juros e reduziu o apetite ao risco mundo afora, um dia antes da decisão de política monetária na maior economia do mundo.
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Segundo ferramenta de monitoramento, a chance de manutenção dos juros pelo Banco Central americano até setembro se tornou novamente majoritária após a leitura do indicador – até ontem, um corte era visto como mais provável. Nesse sentido, os rendimentos dos Treasuries voltaram a apresentar alta firme, o dólar se fortaleceu em escala global, e os índices acionários em Nova York encerraram o dia com queda superior a 1%, registrando o pior mês de 2024. Já na Europa, a sessão também foi amplamente negativa, em meio ao ambiente de cautela que dominou os mercados.
No Brasil, o destaque da agenda ficou para os dados do mercado de trabalho de março, que voltaram a mostrar resiliência e colocar em risco a continuidade da trajetória de queda da Selic. Pela manhã, o Caged indicou um saldo positivo de 244.315 vagas de empregos no País – superando a estimativa do consenso de criação de 183 mil vagas -, e a taxa de desemprego (Pnad Contínua) foi de 7,9%, levemente abaixo do esperado pelo consenso, de 8,1%. Após os dados e em meio à piora do ambiente no exterior, os contratos de juros futuros (DI) voltaram a precificar corte de 0,25pp em maio, devolvendo o alívio
dos últimos dias e pressionando o Ibovespa – principalmente as ações mais cíclicas.
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Na sessão, o principal índice da B3 recuou 1,12% aos 125.924 pontos, com giro financeiro de R$ 23,6 bilhões, enquanto
o dólar teve forte avanço de 1,51% frente ao real, cotado a R$ 5,19.
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