Nesta sexta-feira (1°), o payroll (principal relatório do mercado de trabalho americano) mostrou criação de empregos em outubro bem abaixo do piso das expectativas dos analistas, com 12 mil vagas frente à expectativa de 100 mil novos postos, mas sinalizou estabilidade da taxa de desemprego (em 4,1%) e avanço salarial apenas moderado (de 4%).
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Em paralelo, os PMIs do país mostraram aumento dos preços pagos pelas indústrias e renovaram temores de que os riscos para a inflação estão aumentando. Em conjunto, os dados impulsionaram os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) –o título T-note de 10 anos, por exemplo, subiu para 4,33%, o maior nível desde 5 de julho –e o dólar em escala global.
Nas bolsas, porém, a sessão foi de apetite ao risco, com índices de Nova York corrigindo perdas recentes, apoiados principalmente por ações de tecnologia após os resultados de Amazon e Intel.
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No Brasil, a impaciência dos investidores em relação à ausência de novidades sobre o plano de corte de gastos do Governo Federal trouxe de volta o mau humor já observado nas sessões anteriores, fazendo o Ibovespa descolar das principais bolsas globais na primeira sessão de novembro. Ao final do dia, o principal índice da B3 apresentava forte queda de 1,23%, aos 128.121 pontos, com giro financeiro de R$ 21,6 bilhões, acumulando perdas de 1,36% na semana.
No câmbio, o dólar teve alta expressiva de 1,53%, cotado a R$ 5,87. Nos juros, o movimento foi de forte avanço ao longo dos vencimentos da curva, alinhado ao observado nos Treasuries e ao ambiente de incertezas pelo lado doméstico.
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