
A decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar tarifas retaliatórias elevadas a economias como China (34%), Japão (24%) e União Europeia (20%) aumentou a percepção de risco de uma desaceleração na economia americana nesta quinta-feira (3). Isso enfraqueceu o dólar, derrubou os juros futuros e provocou uma forte queda nas bolsas ao redor do mundo.
Segundo uma ferramenta de monitoramento, o mercado aumentou a aposta em uma maior flexibilização monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), e a probabilidade de um corte acumulado de 1 ponto percentual em 2025 ganhou força (31,7%), seguida de perto pela redução de 0,75 ponto percentual (30,5%).
Por aqui, a tarifa relativamente mais baixa de 10% não deve ser comemorada, uma vez que a forte taxação contra a China –um importante parceiro comercial – e a piora nas perspectivas em relação à atividade econômica global reforça que não existem vencedores nessa história.
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No entanto, o Ibovespa demonstrou certa resiliência na sessão, encerrando com leve recuo de 0,04% aos 131.141 pontos, e giro financeiro de R$ 28 bilhões. Na carteira do índice, a forte queda do petróleo (quase 5%) pesou sobre as petroleiras, enquanto as mineradoras e empresas do setor de celulose recuaram em meio à expectativa do impacto das tarifas americanas na China.
No mercado de câmbio, o dólar recuou 1,2%, aos R$ 5,63. Por outro lado, o forte recuo dos juros futuros beneficiou os demais setores, com destaque principalmente para as elétricas e empresas do setor imobiliário.
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