A leitura do índice de inflação nos Estados Unidos foi o destaque absoluto desta quarta-feira. O dado do CPI (índice de preços ao consumidor) mostrou avanço de 0,38% na leitura mensal de março, acima da expectativa do mercado (0,3%), chegando a uma variação anual de 3,48%, também acima do previsto. O núcleo do CPI acelerou de 3,75% para 3,8%, mais forte do que previam os analistas (3,7%).
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Em reação, os juros dos treasuries de 10 anos dispararam, para acima dos 4,5%, de modo que os investidores postergaram de junho para setembro a aposta para a data de início do ciclo de relaxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed). Este cenário foi o gatilho para a redução de riscos, levando as principais bolsas norte-americanas ao território negativo. No Brasil, a despeito do IPCA de março ter ficado abaixo do previsto, o que se viu foi um forte ajuste em alta na curva de juros, pressionado pelo comportamento do mercado norte-americano.
Esta combinação de dados tem levado os investidores locais a aumentarem suas projeções para o nível da Selic terminal. Na bolsa, a alta de 2,2% das ações da Petrobras até ajudou a amenizar, mas ainda assim o Ibovespa encerrou em queda de 1,41%, aos 128.054 pontos, com um volume financeiro de R$ 23,3 bilhões. Neste ambiente de juros mais altos nos EUA, o dólar se valorizou globalmente, encerrando o dia em alta de 1,4%, aos R$ 5,08.
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