A leitura inesperada da fraqueza no setor de construção e sinais de contração mais forte na indústria dos Estados Unidos intensificaram a aversão ao risco em Nova York nesta terça-feira (3), além de acelerar as perdas nos preços do petróleo (-4,5%) e de metais básicos. A perspectiva de deterioração na atividade americana também pesou sobre os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), de modo que cresceram as expectativas do mercado de um relaxamento monetário mais agressivo pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em 2024.
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Nas bolsas, os índices de Wall Street e da Europa fecharam o dia em forte queda. Por aqui, o destaque da agenda econômica foi a divulgação do PIB do 2T24. O indicador avançou 1,4% na variação trimestral, bem acima da mediana do mercado que projetava avanço de 0,9% e superior ao crescimento do 1T24 (+1%).
Ao mesmo tempo em que o dado reforça a percepção positiva para o ritmo da atividade econômica, consolidou as apostas de que o Banco Central provavelmente voltará a subir a Selic nas próximas reuniões.
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Nos mercados, após algum ajuste em alta dos juros de curto prazo, a pressão vinda do exterior acabou retirando prêmios, deixando os DIs próximos ao dia anterior.
Na bolsa, a queda forte das comodities penalizou a principais blue chips, com o Ibovespa encerrando em baixa de 0,41%, aos 134.353 pontos e volume financeiro de R$ 22,3 bilhões.
Por fim, no mercado de câmbio, o dólar encerrou o dia em alta de 0,5%, aos R$ 5,64. Amanhã, a agenda doméstica reserva a pesquisa industrial mensal de julho e, nos EUA, a atenção estará na divulgação do Livro Bege.
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