A combinação de Produto Interno Bruto (PIB) mais forte nos EUA e aceleração do PCE desloca para adiante as apostas de retomada dos cortes de juros, mantendo os Treasuries com rendimentos em alta e as bolsas americanas com leve alta. Em um ambiente de liquidez enxuta, o dólar perde fôlego ante pares enquanto metais preciosos renovam máximas, apoiados por tensões geopolíticas. Na Europa, o desempenho é desigual, sem catalisadores claros, e na Ásia o fechamento foi perto da estabilidade, com iene mais firme e suporte de liquidez na China. O petróleo sustenta leve alta e caminha pra sua terceira sessão consecutiva de ganhos.
A redução de ruídos políticos somada ao leilão de linha do Banco Central — com colocação parcial de US$ 500 milhões — melhora o humor local: o real aprecia, os juros futuros aliviam parte da alta inicial e o Ibovespa volta a transitar acima da marca de 160 mil pontos, superando Nova York no intraday. A leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em linha, porém com composição mais pressionada em serviços, mantém a curva com viés de alta e reforça a percepção de início de cortes de Selic mais para frente. Às 14h45, o Ibovespa avançava 1,32%, aos 160.226 pontos, enquanto o dólar recuava 0,78% frente ao real, cotado a R$ 5,54.
Entre as ações que compõem o Ibovespa… o “efeito proventos” e programas de recompra seguem ditando o tom: bancos avançam após anúncios de JCP e a JSL dispara com aprovação de dividendos, enquanto movimentos societários sustentam Cosan (CSAN3) e sua controlada. Setores ligados a commodities mostram descolamento do minério, com mineradoras e siderúrgicas em alta moderada; já o setor de petróleo opera de lado e as blue chips do segmento alternam sinais. No campo das mudanças de carteira e de tarifas, saneamento ganha tração; por outro lado, ajustes idiossincráticos explicam quedas pontuais em petroquímica e saúde.
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