
As bolsas internacionais encerraram o dia com viés positivo, sustentadas pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos. A pesquisa ADP mostrou uma inesperada eliminação de 32 mil empregos no setor privado em setembro, reforçando a percepção de desaceleração econômica. Com o payroll oficial suspenso devido à paralisação do governo americano, o dado ganhou relevância e contribuiu para o alívio nos rendimentos dos Treasuries.
Na Europa, os mercados fecharam em alta, impulsionados pelos setores farmacêutico e siderúrgico, após relatos de que a União Europeia pretende endurecer as regras de importação de aço.
No Brasil, o Ibovespa não acompanhou o movimento positivo das bolsas internacionais e encerrou o dia em baixa. A sessão foi marcada por cautela diante das incertezas fiscais relacionadas à votação do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda, sem contrapartidas claras para compensar a renúncia tributária.
Enquanto os Treasuries recuaram de forma consistente no exterior, os juros futuros nominais no Brasil permaneceram estáveis, destoando do movimento global. Já as taxas reais avançaram, refletindo o desconforto dos investidores com o cenário doméstico.
Indicadores locais mistos — como a queda do PMI industrial e a leve alta na confiança empresarial — reforçaram o tom defensivo.
Na sessão, o Ibovespa caiu 0,49% aos 145.517 pontos, com giro financeiro de R$ 23 bilhões, enquanto o dólar encerrou levemente positivo (0,11%) em relação ao real, cotado a R$ 5,33.
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