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Ibovespa cai apesar de rali global: commodities sobem, mas juros e ruído fiscal pesam; confira a análise do pregão

Alta do petróleo e do minério sustenta Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), mas bancos e ações cíclicas pressionam o índice em dia de cautela local e juros longos em alta

Os mercados globais iniciam a semana com apetite seletivo por risco, impulsionados pelo rali das commodities e pelo avanço das ações de tecnologia, em meio ao otimismo com inteligência artificial. Em Nova York, os índices sobem com suporte das big techs, enquanto tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Venezuela sustentam a alta do petróleo e levam ouro e prata a renovarem máximas históricas. Na Ásia, papéis ligados a semicondutores lideraram ganhos, e na Europa, as bolsas operam majoritariamente em queda, com o Stoxx 600 devolvendo ganhos após bater recorde na sexta-feira (19). Setores de defesa recuam diante do avanço das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, enquanto recursos básicos sobem acompanhando metais preciosos e industriais. Em paralelo, os juros dos Treasuries avançam após sinalizações do Banco do Japão, e investidores aguardam dados-chave do PIB e do PCE nos EUA, o que mantém o dólar pressionado.

Por aqui, o Ibovespa recua na contramão do exterior, refletindo cautela com o cenário fiscal e eleitoral, além da pressão da curva de juros após o Focus indicar Selic mais alta em 2026. Nem mesmo a valorização do petróleo e do minério, que sustenta Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3), foi suficiente para segurar o índice, penalizado por bancos e ações cíclicas em meio à realização de lucros. O dólar à vista avança com fluxo de remessas e incertezas locais, enquanto os contratos futuros acompanham a tendência global de queda. Juros futuros sobem cerca de 10 pontos na ponta longa, reforçando a percepção de menor espaço para cortes no início de 2026. Às 14h20, o Ibovespa caía 0,04%, aos 158.405 pontos, enquanto o dólar avançava 0,88% frente ao real, cotado a R$ 5,58.

Entre os componentes do Ibovespa, Petrobras opera em alta, apoiada pelo avanço de aproximadamente 2% do petróleo, que compensa os impactos da greve dos petroleiros. Vale também se destaca, acompanhando a valorização do minério de ferro, movimento que beneficia também siderúrgicas como Gerdau (GGBR4). No lado negativo, bancos recuam diante da pressão dos juros e do ambiente político, enquanto varejistas e construtoras sofrem com realização de lucros. Suzano (SUZB3) avança após aprovar aumento de capital e dividendos robustos, e Marcopolo (POMO4 ganha fôlego com bonificação de ações. Fora do índice, Neogrid (NGRD3) dispara com anúncio de OPA para fechamento de capital.

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