
As Bolsas internacionais apresentam comportamento misto nesta quinta-feira (16), com os investidores reagindo a uma combinação de fatores. Apesar das novas declarações de dirigentes do Federal Reserve reforçarem a expectativa de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos, os índices de Nova York operam no campo negativo neste início de tarde, pressionados pelo setor financeiro.
Em paralelo, a perspectiva de uma política monetária mais acomodatícia pressiona os rendimentos dos Treasuries e enfraquece o dólar em escala global. Já o petróleo recua cerca de 1%, após os estoques nos EUA subirem acima do esperado, segundo dados do Departamento de Energia. Na Europa, o alívio político na França impulsiona os mercados locais.
No Brasil, o Ibovespa mostra recuperação após uma manhã de queda firme, operando próximo da estabilidade com suporte das ações de bancos e expectativas em torno de negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Na agenda econômica, o IBC-Br de agosto veio levemente abaixo do esperado, com destaque negativo novamente para o setor agro, reforçando a percepção de desaceleração gradual da economia brasileira.
Por volta das 14h (de Brasília), o Ibovespa subia 0,12%, aos 142.777 pontos, enquanto o dólar recuava 0,31% frente ao real, cotado a R$ 5,45 — movimento alinhado à desvalorização global da moeda americana.
Entre os papéis do Ibovespa, os bancos se destacam com ganhos consistentes, refletindo o alívio externo e a entrada pontual de capital estrangeiro. As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) operam em leve queda, pressionadas pela expectativa de redução nos preços dos combustíveis, embora encontrem suporte na sinalização positiva do Ibama sobre a Margem Equatorial.
No setor varejista, o desempenho é misto, com Magazine Luiza (MGLU3) na ponta negativa, enquanto C&A (CEAB3) e Renner (LREN3) avançam. Já WEG (WEGE3) sobe com força após anunciar investimento em mobilidade elétrica, enquanto Braskem (BRKM5) recua diante de rebaixamento por analistas e preocupações societárias.
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