Ibovespa encosta nos 145 mil pontos com alívio na inflação e otimismo global

As bolsas internacionais avançam nesta tarde, sustentadas pela expectativa de progresso nas negociações entre Estados Unidos e China, após sinais de moderação nas tarifas e possibilidade de encontro entre líderes. Em Nova York, os principais índices sobem cerca de 1%, enquanto investidores aguardam balanços corporativos e dados de inflação americana no fim da semana. O petróleo recua perto de 1%, refletindo excesso de oferta, os rendimentos dos Treasuries cedem, reforçando o apetite por risco, e o dólar permanece estável frente às moedas fortes.

No Brasil, o Ibovespa chegou à faixa dos 145 mil pontos na máxima desta segunda-feira (20), apoiado pelo cenário externo favorável e pela revisão para baixo das projeções de inflação no boletim Focus, que alimenta expectativas de estabilidade monetária. Em paralelo, o dólar recua e os juros futuros cedem, acompanhando o movimento global e a redução no preço da gasolina anunciada pela Petrobras (PETR3; PETR4). O bom humor se espalha entre ações ligadas ao ciclo doméstico e grandes bancos, enquanto petroleiras sentem a pressão do petróleo mais fraco. Por volta das 13h40, o índice subia 1,20%, aos 145.132 pontos, enquanto o dólar recuava 0,67%, cotado a R$ 5,37.

Entre as ações do Ibovespa, o otimismo com inflação menor impulsiona setores cíclicos. Papéis de varejo e educação lideram os ganhos, com Cogna (COGN3), Direcional (DIRR3) e C&A (CEAB3) avançando após a queda nas expectativas de IPCA, que reforça apostas em juros mais baixos. Bancos também sobem, apoiados pelo alívio na curva de juros, enquanto Petrobras recua diante do petróleo em baixa e ajustes nos combustíveis. Mineradoras e siderúrgicas acompanham o bom humor externo, apesar da desaceleração do PIB chinês.