Os mercados globais operam com viés misto nesta Superquarta, em compasso de espera pela decisão do Federal Reserve. Com o corte de 0,25 ponto já amplamente precificado, os investidores voltam suas atenções para os sinais que serão dados por Jerome Powell sobre os próximos passos da política monetária. Em Wall Street, o Dow Jones avança, enquanto S&P 500 e Nasdaq recuam, pressionados pelo setor de tecnologia. O dólar mostra leve recuperação frente a moedas fortes, contribuindo para a queda das commodities, enquanto os juros dos Treasuries oscilam, com alta nos vencimentos curtos e recuo nos longos.
No Brasil, o Ibovespa renova máxima histórica, impulsionado pela perspectiva de maior fluxo estrangeiro diante da possível queda dos juros nos EUA e pela manutenção da Selic em 15% nesta tarde. Por volta das 14h, o principal índice da B3 subia 0,94%, aos 145.401 pontos. A curva de juros futuros recua levemente, refletindo a expectativa de início do ciclo de cortes entre dezembro e janeiro. Já o dólar acompanha o movimento global e opera com viés de alta. A valorização de ações cíclicas e o bom humor do mercado indicam que, mesmo com cautela, o investidor segue confiante com o cenário de médio prazo.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque da sessão fica novamente por conta das empresas cíclicas, que avançam com apoio da queda nos juros futuros e da expectativa por cortes na Selic. Magazine Luiza (MGLU3) lidera os ganhos, seguida por Azul (AZUL4), que apresentou plano de reestruturação nos EUA, e JHSF, que anunciou uma transação bilionária no setor imobiliário. Bancos também sobem em bloco, refletindo o ambiente de menor aversão ao risco. Na ponta negativa, Embraer (EMBR3) recua em meio à greve de metalúrgicos, enquanto Vale (VALE3) acompanha a leve queda do minério de ferro na China.
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