A última sessão da semana é mista para as bolsas globais, em meio à paralisação do governo americano, que adiou a divulgação do payroll e manteve a incerteza sobre os próximos passos do Federal Reserve. Nos Estados Unidos, S&P500 e Dow Jones avançavam, apoiadas pelo rali das big techs, enquanto os Treasuries sobem e o dólar recua frente a pares globais. Na Europa, os índices apresentavam comportamento misto – destaque para Londres renovando recordes, enquanto o petróleo ensaia recuperação após quedas recentes.
Por aqui, o Ibovespa oscilou em terreno estreito ao longo da manhã, pressionado pelo aumento da percepção de risco fiscal após avanços de pautas que podem reduzir a arrecadação e, ao mesmo tempo, gerar pressões adicionais sobre a inflação. Por volta das 14h, o índice brasileiro subia 0,09%, aos 144.058 pontos, apesar do avanço dos juros futuros – reflexo do ambiente de cautela que prevaleceu pela manhã. No câmbio, o dólar avançava 0,04% frente ao real, negociado próximo a R$ 5,34. Como destaque da agenda doméstica, a produção industrial acima do esperado trouxe algum alívio pelo lado da atividade, mas adicionou incertezas quanto ao início do ciclo de cortes de juros.
Entre as ações do Ibovespa, Embraer (EMBR3) avança após divulgar entregas consistentes no 3º trimestre, reforçando a confiança nas metas do ano. Weg (WEGE3) também se destaca, impulsionada por sinalizações positivas em encontro com analistas sobre disciplina de investimentos. No setor de commodities, petroleiras tentaram acompanhar a alta do Brent, mas perderam força ao longo do dia. Em contrapartida, SLC (SLCE3) recua após guidance apontar custos mais altos, enquanto varejistas sofrem com a elevação dos juros futuros, refletindo maior aversão ao risco no mercado doméstico.
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