No exterior, os mercados operam com viés positivo, à medida que investidores digerem sinais de desaceleração do mercado de trabalho nos Estados Unidos. O relatório de empregos ADP mostrou criação de vagas abaixo do esperado no setor privado, enquanto os pedidos semanais de auxílio-desemprego vieram acima das projeções.
Esses dados reforçam a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), sustentando o apetite por risco — pelo menos enquanto a desaceleração da economia não dá sinais de que irá evoluir para uma recessão.
Nesse cenário, os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo norte-americano) recuam, enquanto o dólar se fortalece. Entre as commodities, ouro e prata passam por realização de lucros, e o petróleo mantém trajetória de queda, mesmo após a Rússia afirmar que a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) não tem pauta definida.
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No Brasil, o Ibovespa – o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira – acompanha o otimismo externo, impulsionado pela alta do minério de ferro e pela perspectiva de flexibilização monetária nos EUA. Em contrapartida, o dólar avança frente ao real, pressionado por fatores locais como o risco fiscal e o fluxo negativo de capital estrangeiro. Os juros futuros também sobem, refletindo cautela antes da divulgação do payroll americano.
Às 13h10, o Ibovespa registrava alta de 0,60%, aos 140.699 pontos, enquanto o dólar subia 0,19%, cotado a R$ 5,46. Com agenda doméstica esvaziada e ruídos políticos no radar, os investidores mantêm postura defensiva, aguardando novos direcionadores.
Entre os destaques do Ibovespa, Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) voltam a subir após o anúncio do fim da joint venture com a Femsa, movimento interpretado como estratégico para simplificação de negócios e atração de capital. Fora do índice, o BRB despenca após o Banco Central vetar a aquisição do Banco Master.
No setor educacional, Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) lideram os ganhos, enquanto Azzas (AZAS3) recua em meio à troca de liderança na marca Hering. As petroleiras operam em baixa, pressionadas pela queda do Brent e do WTI, e as mineradoras apresentam desempenho misto, apesar da valorização do minério. Já os bancos mostram comportamento divergente, refletindo o ambiente de incertezas.
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