Nesta sexta-feira, o payroll (principal relatório do mercado de trabalho dos EUA) mostrou criação de emprego em outubro abaixo do piso das expectativas dos analistas (12 mil vagas vs. expectativa de 100 mil vagas), mas sinalizou estabilidade da taxa de desemprego (em 4,1%) e avanço salarial apenas moderado (de 4%). Em paralelo, os PMIs industriais do país mostraram aumento dos preços pagos e renovaram temores de que os riscos para a inflação estão aumentando. Em conjunto, os dados impulsionaram os rendimentos dos Treasuries – o título T-note de 10 anos, por exemplo, subiu para 4,33%, o maior nível desde 5 de julho – e o dólar em escala global. Nas bolsas, os índices de Nova York firmavam alta neste início de tarde, corrigindo perdas recentes e apoiadas por ações de tecnologia após resultados de Amazon e Intel, enquanto na Europa o fechamento também foi positivo, refletindo o apetite ao risco observado do outro lado do Atlântico.
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No Brasil, a decepção dos investidores em relação à ausência de novidades sobre o plano de corte de gastos do governo federal trouxe de volta o mau humor já observado nas sessões anteriores, fazendo o Ibovespa descolar das principais bolsas globais na primeira sessão de novembro. Por volta das 14h, o principal índice da B3 tinha queda de 0,69%, aos 128.813 pontos, enquanto o dólar avançava 0,82% frente ao real, cotado a R$ 5,83. Nos juros, o movimento era de forte avanço ao longo dos vencimentos da curva, alinhado ao observado nos Treasuries e ambiente de incertezas pelo lado doméstico.
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